sábado, 11 de fevereiro de 2012

Moll Flandres - Livro 2 - Fevereiro


Tema: Nome Próprio
Mês: Fevereiro

Título: Moll Flandres
Autor do livro: Daniel Dofoe
Editora: Abril Cultural
Nº de páginas: 356


Moll Flandres foi escrito no século XVIII, por Daniel Defoe. O autor inglês, narra neste livro a vida de uma mulher e seus percalços para sobreviver. O título original é The Fortunes e Misfortunes of the Famous Moll Flandres. A vida pecaminosa e criminosa gerou na personagem muitos arrependimentos, mas nem por isso deixava de comete-los.

A narrativa, bem detalhada se baseia num possível diário da personagem. Uma obra bem realista, versando sobre a moral e os costumes da época. Tudo que ela queria era ser uma "dama da sociedade" mesmo deturpando o significado da expressão. Para ela isso significava ser independente, ter ser próprio dinheiro. Para alguém nascida de uma mãe vagabunda nada poderia ser tão importante.

Um trecho que me marcou foi o inicial, uma espécie de prólogo, que resume a vida da personagem. Eu devia ter uns 12 anos quando peguei esse livro da estante e minha mãe disse que não era para minha idade. Isso só aguçou minha curiosidade, sanada após ler esse trecho:
"Venturas e Desventuras da Famosa MOLL FLANDRES & Cia. que viu a luz nas prisões de Newgate e que, ao longo de uma vida rica em vicissitudes, a qual durou três vezes vinte anos, sem levar em conta a  infância,foi durante doze anos prostituta, durante doze anos ladra, casou-se cinco vezes (uma das quais com seu próprio irmão), foi deportada oito anos na Virgínia e que, enfim, fez fortuna, viveu muito honestamente e morreu arrependida; vida contada segundo suas próprias memórias."

Percebi que realmente não era época de lê-lo.

Ao longo da obra surgem conselhos e alertas às mulheres de bem e a homens honestos, que determinadas condutas levam pessoas inocentes a serem roubadas, enganadas. Ao longo da vida casou-se inúmeras vezes, teve vários filhos, alguns morreram, outros foram criados pelos sogros, outros criados por amas, outros abandonados. Com poucas pessoas em quem confiar e sem amigos, encontrou amparo na sua protetora, quem escutou seus piores pecados e a incitou a viver de roubos, dando destino aos seus furtos. Mas a história não acaba aí... Havia um oceano para ser atravessado!

Uma história encantadora, que apesar do detalhamento até exagerado em algumas passagens nos prende do início ao final. Recomendadíssimo!

Um comentário:

  1. Tenho o livro encostado na estante. Preciso remediar esse equívoco, pois me parece uma história interessante ainda que angustiante.

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